EaaS: Quando a energia deixa de ser um custo e passa a ser um serviço

Numa altura em que as exigências regulatórias aumentam e a pressão para descarbonizar se intensifica, o Energy as a Service surge como uma abordagem inteligente: transfere o risco para quem sabe operar, garante resultados e torna a transição energética mais acessível.

EaaS

No âmbito da série “Comunicação 3D” — uma parceria entre a Helexia Portugal e a Welectric — Bruno Catela assina um artigo que mostra como o modelo Energy as a Service (EaaS) pode ser a chave para simplificar a transição energética nos edifícios. Num momento em que a revisão do Sistema de Certificação Energética impõe metas mais exigentes, esta abordagem inovadora permite reduzir emissões, garantir eficiência e eliminar o peso do investimento inicial, tornando a energia mais limpa, mais eficiente — e mais acessível.


A última revisão do Sistema de Certificação Energética (SCE), em Portugal, introduziu requisitos mais exigentes tanto para a eficiência energética dos edifícios como para a integração de energias renováveis, como a solar ou a eólica. Estas novas regras procuram incentivar empresas e proprietários a investir em tecnologias que consumam menos energia e a recorrerem a fontes de energia mais limpas e sustentáveis.

Esta transformação é especialmente relevante no setor dos edifícios, onde os sistemas de aquecimento e arrefecimento representam entre 20 a 30% do investimento inicial e são responsáveis por grande parte da fatura energética e das emissões de CO₂ para a atmosfera. Ao mesmo tempo, são também elementos fundamentais para garantir conforto e qualidade do espaço.

Uma das formas mais eficazes de responder a este desafio é através do modelo “Energy as a Service”, ou simplesmente EaaS. Apesar de poder soar como um jargão técnico reservado a especialistas, na verdade trata-se de uma abordagem simples que torna a otimização energética mais acessível a diferentes tipos de edifícios — desde serviços como centros comerciais, hospitais ou hotéis, até instalações industriais.

Neste modelo, o foco não está apenas no consumo de energia, mas sim na disponibilização de um serviço com garantia de desempenho e eficiência. A título de exemplo, pode aplicar-se a sistemas de climatização (AVAC), aquecimento de águas sanitárias, iluminação ou outros equipamentos técnicos. Ao contrário do modelo tradicional, em que o proprietário do edifício é responsável por investir, operar e manter os sistemas energéticos, no modelo EaaS essa responsabilidade passa para a empresa de serviços energéticos — como a Helexia — que investe na solução, executa o projeto e assegura a sua manutenção. O cliente paga pelo serviço prestado, com base num modelo indexado à taxa de utilização e à performance garantida.

Esta abordagem elimina a necessidade de investimento inicial por parte do cliente, libertando capital para outras áreas do negócio. Reduz o risco, assegura custos operacionais mais baixos e garante níveis de desempenho e eficiência energética previamente definidos.

Numa altura em que as exigências regulatórias aumentam e a pressão para descarbonizar se intensifica, o Energy as a Service surge como uma abordagem inteligente: transfere o risco para quem sabe operar, garante resultados e torna a transição energética mais acessível.

Afinal, o futuro da energia pode — e deve — ser mais simples.


Referências:

REA. (2024). Relatório do Estado do Ambiente – REA 2024. REA_2024_Final_22_out_2024.pdf (SECURED)

CLSBE (2025). Electric-mobility portugal where we are and where are we-going Electric Mobility in Portugal: Where are we and where are we going? | CATÓLICA-LISBON

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