O artigo “Aceleradores da Transição: Inteligência, Energia e Compromisso”, da autoria de Luís Caturna e publicado na plataforma WELECTRIC, aprofunda o papel decisivo que a transição energética representa num mundo em profunda transformação. Integrado na nova série “Comunicação 3D” — uma parceria entre a Helexia Portugal e a WELECTRIC — este texto destaca como a conjugação entre inteligência artificial, energias renováveis e compromisso estratégico está a moldar um novo paradigma energético, mais sustentável, descentralizado e digital.
Podemos dizer que o momento histórico atual reúne, de forma concentrada, os eventos e processos típicos das grandes transições. Há uma conjugação de crise global, guerra regional, revoluções tecnológicas e energéticas e megaeventos ambientais.
Neste contexto e no sentido de diminuir a sua dependência energética do exterior a Europa reuniu um conjunto de medidas económicas, políticas e de logística, no sentido de acelerar um processo de transição energética.
A expressão transição energética designa o caminho que tem vindo a ser seguido no sentido de transformar o setor energético, substituindo uma matriz energética baseada em combustíveis fósseis (como o carvão, o petróleo e o gás) por outra, baseada em fontes de energia renováveis.
Podemos considerar que as políticas de transição energética atuam em dois níveis distintos. Por um lado, propõem uma mudança nos sistemas de produção/geração de energia, com investimentos nas energias renováveis, cujo centro das estratégias tem sido a energia solar, eólica e o hidrogênio verde. Por outro, no uso de novas tecnologias e produtos de baixo carbono (especialmente com investimento em redes digitais, inteligência artificial e desenvolvimento de sistemas de baterias inteligentes).
Na perspetiva de mudança de paradigma, estamos a falar de substituir as infraestruturas, de mudar um modelo cultural, económico e social que prevalece no mundo há cerca de cem anos.
A aceleração da transição energética é essencial para garantir a longo prazo a segurança energética e a estabilidade de preços.
A aceleração da transição energética é essencial para garantir a longo prazo a segurança energética e a estabilidade de preços. Cerca de 80% da população mundial vive em países importadores líquidos de energia. Aproveitar o potencial renovável das energias limpas poderá reduzir esta percentagem, tornando estes países menos dependentes das importações de energia. Esta via ajudará também a criar empregos e a reduzir a pobreza, promovendo uma economia global mais inclusiva e regenerativa.
Por outro lado, o atual desenvolvimento da inteligência artificial (IA) tem um potencial tremendo para acelerar e apoiar a transição energética global, uma vez que pode ser largamente implementada em toda a cadeia de valor do setor energético. Pode atuar como uma camada inteligente, para detectar e identificar padrões, melhorar o desempenho dos sistemas e prever o resultado de situações futuras e complexas.
Além disso, o sistema energético global, reforçado pela atual crise energética e pela sensibilização global para as questões climáticas, vai continuar a sofrer uma transformação radical. Nas próximas décadas, continuará a ser ainda mais descarbonizado, digitalizado e descentralizado.
É exatamente neste contexto, que a Helexia se apresenta como um player de referência, na área da transição energética e descarbonização, apresentando soluções inteligentes, para a indústria, infraestruturas e desenvolvimento urbano, nos domínios da produção de energia renovável, mobilidade elétrica e projetos de eficiência energética.
No domínio da eficiência energética, através dos seus modelos de negócio EaaS (Energy as a Service) e EnPC (Energy performance Contract), a Helexia estabelece parcerias que garantem aos seus clientes a capacidade de fazer o investimento inicial, de fazer o diagnóstico, de ter a responsabilidade de implementar o projeto em todas as suas áreas, de ter a capacidade técnica para o fazer e dar as garantias dos resultados a atingir, assumindo os riscos técnicos e financeiros.
Para além dos impactos positivos de todas as outras soluções para a descarbonização, os projetos de eficiência energética são claramente a escolha mais rentável na perspetiva económica, ambiental e de redução de risco e justificam-se não só pela oportunidade de redução de custos mas também pelo efeito indutor que provocam nas organizações e sistemas.