No âmbito do Dia Nacional da Sustentabilidade, o artigo de opinião de Marta Jordão reflete sobre a importância da energia como fator estratégico para as empresas e sobre como a sustentabilidade vai muito além de ser “verde”: é também independência, liberdade de escolha e preparação para o futuro.
A energia é, hoje, um dos maiores fatores estratégicos para as empresas. Quem aposta em soluções próprias de produção consegue reduzir a exposição às oscilações do mercado e ganhar maior estabilidade no dia a dia. Por isso, falar de sustentabilidade não é apenas falar de ser “verde”, é também falar de independência e de futuro. Sustentabilidade é feita de escolhas e sentido de responsabilidade. A transição energética é parte desse caminho e significa também liberdade: a liberdade de produzir, gerir e controlar a sua própria energia.
Produzir a sua própria eletricidade com solar, apostar na eficiência, gerir melhor os consumos ou armazenar energia são formas de conquistar mais estabilidade, segurança e capacidade de escolha. Em vez de sacrifícios ou restrições, a sustentabilidade pode ser vista como um caminho para a independência e uma forma de reduzir vulnerabilidades e ganhar poder de decisão. A independência energética já não é uma utopia – é uma forma real de as empresas se protegerem e de se prepararem para o futuro.
Muitas organizações já começaram este percurso: instalaram painéis solares, renovaram equipamentos para serem mais eficientes ou começaram a eletrificar frotas. São passos importantes, mas o impacto cresce quando estas medidas deixam de ser ações isoladas e passam a estar ligadas entre si. Ao combinar autoconsumo, eficiência e mobilidade elétrica, cria-se um ciclo virtuoso onde cada medida potencia a outra. O resultado é claro: menos custos, mais resiliência e uma utilização inteligente dos recursos.
E a transformação vai muito além da energia. A sustentabilidade torna-se verdadeiramente robusta quando é vivida de forma integrada: desde a gestão eficiente de resíduos à aposta na economia circular, passando pela construção de edifícios mais sustentáveis, pela seleção de materiais responsáveis e pela capacitação das equipas para adotarem hábitos mais conscientes. Cada uma destas práticas, quando somadas, multiplica o impacto e reforça a coerência da estratégia.
Mais do que medidas isoladas, são escolhas consistentes que, ao longo do tempo, se traduzem em benefícios ambientais, económicos e sociais, resultados concretos e duradouros que fortalecem tanto as empresas como as comunidades em que estão inseridas.
Neste Dia da Sustentabilidade, vale a pena lembrar: mais do que uma obrigação, a sustentabilidade é uma oportunidade para conquistar liberdade. Liberdade para decidir, para reduzir riscos e para preparar um futuro sustentável com mais autonomia.