Durante o ano, vão ser analisados e levados a debate 4 setores: o retalho, o agroalimentar, o turismo e a indústria cerâmica.
Fazemos-lhe um pequeno resumo da conversa moderada por André Veríssimo, Sub-diretor do jornal ECO, sobre o lançamento destes think tanks, que contou com a presença de Afonso Arnaldo, partner da Deloitte, João Marques Mendes, partner da PLMJ, e Pedro Alves, Sales Director Portugal da Helexia.
O mote do debate foi a relação entre inovação energética e competitividade.
Nesta conversa que aconteceu no passado dia 13 de março, nos estúdios do Jornal ECO, destacou-se a necessidade de consciencialização para a descarbonização.
A literacia energética, particularmente entre gestores, foi apontada como um desafio, mas destacou-se o potencial económico a longo prazo de investimentos nesta transição.
“Com a tecnologia que temos disponível hoje, em 2024, é possível eletrificar mais de 3/4 dos consumos de calor industrial ou 3/4 da descarbonização. Portanto, é possível retirar 3/4 do CO2 emitido, eletrificando os consumos. Isto é um grande desafio, mas, ao mesmo tempo, é uma oportunidade. É, talvez, a principal oportunidade de se conseguir uma descarbonização de todo um conjunto de pequenos produtores, pequenos fabricantes, que, sozinhos, nunca conseguiriam fazer esse caminho”,
Pedro Alves, Sales Director Portugal da Helexia.
Discutiu-se ainda a importância da partilha de energia excedente e a necessidade de incentivos para a descarbonização em toda a cadeia de valor.
Afonso Arnaldo, da Deloitte, sublinhou a importância de uma mudança de mentalidade, argumentando que é fundamental convencer os gestores de que a transição energética é o caminho a seguir.
“O primeiro desafio é o convencimento dos gestores de que este é o caminho”.
Afonso Arnaldo, partner da Deloitte.
Os participantes discutiram o papel crucial da regulação como facilitador da inovação e do investimento, e enfatizaram a necessidade de redes preparadas para a geração descentralizada de energia e partilha eficiente da energia excedente para garantir uma transição energética eficaz e sustentável.
“A regulação precisa de ser implementada. Também vão ter de ser criados mecanismos impulsionadores e facilitadores do investimento.”
João Marques Mendes, da PLMJ.
O artigo e a conversa podem ser vistos aqui, na integra, no jornal ECO.