Entrevista a Ana Amorim, Micronipol – Mulheres na linha da frente

Ana Amorim é a diretora comercial da Micronipol, uma das empresas líderes na reciclagem de plásticos em Portugal. Foi por um feliz acaso que a Ana foi parar ao setor da reciclagem, onde tem feito carreira.

Ana Amorim

Quando começou a trabalhar neste setor, o grande foco era o cumprimento das metas europeias de recolha e reciclagem de resíduos. Atualmente o setor evoluiu e existe uma maior preocupação por parte dos produtores emdesenvolver produtos cada vez mais focados na reciclabilidade.

Este setor é essencial para a economia circular, apostando na reciclagem e reutilização do plástico que já foi utilizado para transformar em novos produtos, reduzindo significativamente o volume de resíduo industrial e doméstico destinado a aterro.

Ana, grande parte da sua carreira está dedicada ao setor da reciclagem. Como é que isso aconteceu e qual é a sua motivação para trabalhar neste setor?

Considero que a transição da área de consultoria para a reciclagem foi um feliz acaso, essencialmente por estar a trabalhar num grande grupo de empresas que atuava em várias áreas e que via de forma positiva estas mudanças, desde que houvesse empenho e dedicação, algo que acredito ter demonstrado.

Comecei por acaso, e de uma forma combinada com a consultadoria e em determinado momento estava totalmente dedicada à reciclagem, área que até ao dia de hoje me realiza.

O que mais me motiva é o desafio diário pois a área da reciclagem de plásticos é muito abrangente e todos os clientes e fornecedores são muito diferentes, o que obriga a uma evolução constante, das pessoas que a ela se dedicam, bem como das próprias empresas pois, todos os dias temos um novo desafio, um novo projeto ou um novo produto a desenvolver.

Quais são as tendências atuais na indústria da reciclagem que a Ana acredita que serão importantes para o futuro sustentável do planeta?

Quando comecei a trabalhar na reciclagem, o grande foco era o cumprimento das metas europeias de recolha e reciclagem de resíduos, pois este setor estava ainda numa fase embrionária e havia ainda muito por fazer.

Ao dia de hoje, e sendo este ponto ainda muito importante, temos visto crescer o número de projetos relacionados com o fecho de ciclos, onde se procura incentivar os produtores a desenvolver os seus produtos cada vez mais focados na reciclabilidade dos mesmos. Isto trouxe para o mercado da reciclagem o conceito de simbiose industrial no qual os recicladores intervêm, não só no fim de vida dos produtos mas numa fase de conceção dos mesmos, e penso que este é o caminho a seguir para um futuro sustentável.

Nos últimos anos temos visto crescer o número de projetos relacionados com o fecho de ciclos, onde se procura desenvolver produtos cada vez mais focados na reciclabilidade.

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