Liliana desempenha um papel crucial na identificação, contratação e retenção de talentos num gigante das energias renováveis, onde a retenção de talento é uma preocupação.
Com 20 anos de experiência, acredita numa cultura de empresa de inclusão, de partilha de experiências e de desenvolvimento de carreira interno, que ajuda a manter os talentos existentes e atrair outros.
O que motiva uma pessoa formada em direito, fazer carreira na gestão de recursos humanos?
O direito sempre foi algo que me cativou na minha vida académica e, na altura que decidi estudar, estava a trabalhar numa grande empresa multinacional na área das renováveis e os recursos humanos surgiram na minha vida de uma forma natural.
Gosto imenso de trabalhar com pessoas e para pessoas, e desde logo abracei a oportunidade de em Portugal não ter ninguém na área, aprendendo da forma mais dinâmica, vivenciando todas as experiências de RH. Desde então, tem sido o meu foco de desenvolvimento.
A paixão pelas relações interpessoais e por ser espontânea gostar de ser uma facilitadora nos processos organizacionais, foco-me no cliente interno e no negócio. O direito laboral é algo a que me fui dedicando ao longo dos anos e que está de mãos dadas com as decisões estratégicas e operacionais. Acredito ser, sem dúvida, uma mais valia no full package.
Quais os desafios para criar um ambiente de trabalho inclusivo, acolhedor, que permita o desenvolvimento profissional?
É um desafio sim, mas é acima de tudo é fundamental para as organizações que querem estar na linha da frente, no que respeita a diversidade e inclusão.
A Voltalia, sendo uma empresa multinacional, tem na sua cultura organizacional a valorização constante de um ambiente inclusivo, promovendo a mobilidade interna, partilha de experiências culturais diferentes. Até existe internamente, um programa de mobilidade de muito curta duração, máximo 6 meses, pelos países onde estamos representados, para haver esta partilha de experiência cultural e profissional.
De uma forma constante recebemos colegas de várias culturas, línguas, raças, religiões, e temos um ambiente sempre acolhedor, respeitando as diferenças e costumes.
Na minha opinião, falar de forma constante e dar formação interna são ferramentas essenciais para garantir que este ambiente está alinhado com a nossa cultura interna e valores.
Temos o nosso código de ética e conduta, que é apresentado em todas as sessões de onboarding. Os RH acompanham sempre muito de perto, todos os colegas e com esta proximidade podemos proteger sempre que possa existir uma situação abusiva. No limite temos um programa de denuncia interno que, de uma forma sigilosa, trata também este tipo de situações.
Depois no final, comparo muito com aquilo que ensinamos às nossas crianças, elas imitam os nossos comportamentos, por isso ser um exemplo no que respeita a este tema, incentivando de uma forma constante a diferença. Posso até contar que temos um colaborador que está a treinar uma cadela-guia nos nossos escritórios.
Mas mais do que falar de inclusividade é ser e promover a inclusão.